Homem X Natureza

A PREDATÓRIA "PEGADA" DO HOMEM NA TERRA.

A Declaração de Cambridge sobre a Consciência dos Animais



Em julho de 2012, as Revistas Veja e Super Interessante fizeram referência a uma conferência realizada em Cambridge, cujos resultados foram apresentados sob a forma de uma publicação acadêmica agora conhecida como a "Declaração de Cambridge": manifesto de neurocientistas que claramente afirma que mamíferos, aves e até polvos têm consciência. 
A publicação, de 07 de julho de 2012,  esquentou e veio consubstanciar o ativismo pelo reconhecimento dos direitos dos animais. 

O manifesto tem as assinaturas de doutores de instituições de renome como Caltech, MIT e Instituto Max Planck. 
Trata-se do resultado de uma compilação das pesquisas da área. Representa um posicionamento inédito sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. 
Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. 
 "As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes", diz. 
 "Concluímos então que esses animais também possuem consciência." 

O manifesto de Cambridge nos dá a todos mais munição para mais avançarmos nas conquistas,  pelo já tão atrasado reconhecimento dos direitos animais.
 "Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça as enxergue como pessoas, no sentido legal." 
Isso quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. 
"Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos", defende Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. 
"Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos."

Os estudos realizados já foram o  suficiente para provocar reflexão e mudança de comportamento em cientistas, como afirma o próprio Philip Low: 
"Estou considerando me tornar vegetariano", diz. 
"Temos agora que apelar para nossa engenhosidade, para desenvolver tecnologias que nos permitam criar uma sociedade cada vez menos dependente dos animais." 

http://contatoanimal.blogspot.com.br/2013/01/a-declaracao-de-cambridge-sobre.html 

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